Um exame grafotécnico aguça a curiosidade de muitas pessoas por conta do tipo de situação que o profissional deve lidar. A análise de uma escrita para saber a veracidade de um documento é algo que chama atenção.
Claro que essa é uma profissão com muitas técnicas envolvidas e que não se baseia só em comparar uma caligrafia com a outra. Muitos equipamentos são usados e muitas horas são dedicadas para que cada detalhe seja captado.
Quer saber melhor como funciona tudo isso? Então continue lendo este conteúdo.
Como é feito o exame grafotécnico?
Índice
O perito grafotécnico é o responsável por fazer a verificação dos documentos e das escrituras nele contidas. Sendo assim, há uma série de etapas que precisam ser seguidas para que a análise aconteça de forma correta.
Há três formas de fazer o exame, são elas:
-Unidade de punho
Nos casos onde não se tem um padrão para avaliar, este é o método mais usado. Aqui, geralmente há diversos materiais para análise. Dessa forma, o perito tem como foco achar as semelhanças ou as diferenças entre as escritas presentes. Assim, pode-se avaliar se aquele documento foi assinado pela mesma pessoa ou não.
-Autoria gráfica
O segundo método foca em fazer a identificação da autoria de uma assinatura. Assim, pode-se dizer quem é o autor da escrita por conta dos padrões encontrados na forma de escrever.
Esse é um recurso muito usado para checar se foi realmente uma pessoa específica que fez a assinatura daquele documento ou se ele passou por uma tentativa de fraude.
-Autenticidade gráfica
Esse é um tipo de técnica parecido com a autoria gráfica, porém, aqui é avaliado se a assinatura é de fato verdadeira ou se teve algum tipo de modificação.
Os exames grafotécnicos podem combinar o uso das técnicas para que a investigação seja mais precisa e confiável. Tudo vai depender do caso em questão.
Como é feita a elaboração do documento chamado de relatório de perícia?
Esse documento deve ser feito com cautela e muita atenção, pois ele é complexo e cheio de detalhes. Porém, ao mesmo tempo, ele deve ser acessível para que todos compreendam o que nele consta.
Por isso, uma linguagem mais acessível é requerida em sua elaboração. No documento, constará qual o método utilizado para avaliar a caligrafia e quais materiais foram usados para verificá-las.
Dependendo do caso, o perito pode deixar em anexos os itens em questão que foram analisados, para que sua análise seja mais fácil de se entender.
No fim, o especialista deve deixar de forma clara quais foram os resultados que ele pode concluir depois de ter feito a análise solicitada. Em grande parte dos relatórios pedidos pela justiça, somente o documento basta.
Em outros casos é preciso que o perito também esteja presente apresentando os pontos que foram analisados.
Quais itens são analisados pelo perito?
No exame grafotécnico, o perito anotar algumas coisas que para os olhos de pessoas sem treinamento, passariam batidas, como:
- Velocidade em que a escrita foi feita;
- Como e quais foram os pontos em que o cursor foi retirado do documento;
- O espaçamento entre as letras e as palavras;
- Em qual altura a palavra se encontra em relação às linhas;
- Se a escrita é feita de forma linear ou se há algum tipo de angulação;
- Se houver angulações, quais são elas;
- Como as letras são recortadas, por exemplo, a letra T, Q, J, etc;
- Como o Ç é feito;
Depois de tudo isso entre outras variáveis, o perito consegue realizar uma análise completa e consegue ir muito além, podendo dizer também em qual estado emocional o indivíduo estava quando escreveu tal documento.
O perito utiliza lupas, microscópio, luzes especiais, dentre vários outros tipos de equipamento que o ajude a obter o resultado mais preciso possível. As habilidades pessoais contam muito nessas horas.
Qual a chance de uma perícia falhar?
Como a perícia é realizada por humanos, sempre existe sim a chance de falhas ocorrerem. Porém, o profissional capacitado e que estudou para que pudesse fazer o seu melhor, tem muito menos chances de errar.
Além disso, a perícia grafotécnica é algo que fala por si se for bem observada por um profissional. Ainda que a falsificação do documento tenha passado por um especialista em falsificação, a escrita tende a manter pequenas diferenças da original.
Por isso que esse é um trabalho muito cauteloso e que leva um certo tempo para ser executado, pois não pode ser feito às pressas para garantir que o laudo final seja a verdade dos fatos.
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